Formato 2 – 10Kg.
Proteína moderada
Fontes de proteína selecionadas pela sua elevada digestibilidade
Probióticos que servem de apoio ao sistema digestivo
Botânicos com propriedades antioxidantes
PNP 23
O objetivo nutricional desta receita é apoiar a função hepática em casos de insuficiência hepática crónica.
O fígado é um órgão fundamental nos processos metabólicos relacionados com gorduras, proteínas e hidratos de carbono. Um fígado doente pode ser totalmente normofuncional: com apenas 20-30% de saúde, é capaz de desempenhar as suas funções normalmente. Além disso, os hepatócitos são capazes de regenerar o fígado ao seu tamanho normal no caso de remoção parcial, de modo a que, uma vez alcançado este objetivo, deixem de se reproduzir. No entanto, apesar da sua capacidade regenerativa e da sua elevada capacidade funcional, a doença hepática limita ou elimina esta capacidade regenerativa e funcional.
Quase todos os aminoácidos são degradados no fígado, e o fígado também está envolvido no metabolismo dos lípidos, vitaminas e oligoelementos. O fígado é um ator extremamente importante no sistema imunitário, quer como barreira, quer como desintoxicante.
O diagnóstico é muitas vezes complicado devido à sua alta resistência, funcionalidade e sintomatologia, pelo que os problemas são frequentemente detectados em fases avançadas.
As doenças hepáticas podem ser divididas em 2 tipos:
Agudas: são potencialmente reversíveis e ocorrem dentro de um curto período de tempo.
Crónicas: são irreversíveis. Ocorrem em doentes com doenças hepáticas anteriores e provocam alterações inflamatórias e necróticas que levam à falência de órgãos.
A HC pode acontecer devido a predisposição genética, como é o caso do Doberman e alguns Terriers, com alta presença de cobre no órgão. Outras causas podem ser processos infecciosos, medicamentos ou mesmo idiopáticas.
O maneio nutricional consiste, principalmente, em limitar a degradação do fígado. É muito importante o fornecimento de calorias não proteicas, que limitem o esforço e a capacidade do órgão, sendo recomendável o fornecimento através de gorduras. A restrição de gordura só deve ser feita quando há evidência de má absorção lipídica.
O uso de proteínas de alta digestibilidade, como frango desidratado, hidrolisado de frango, glúten de milho,… são altamente recomendáveis devido à sua digestibilidade e perfil de aminoácidos, como discutido anteriormente. O teor de fibras, vitaminas do grupo B, C e E também devem ser ajustados, sendo especialmente recomendável o uso de ingredientes com ação colerética e antioxidante para prevenir a oxidação e aliviar a doença hepática.
O organismo é especialmente delicado nesses pacientes que tendem a apresentar baixo peso, desnutrição e até anorexia. Assim, a suplementação probiótica está relacionada, indiretamente, através dos benefícios na assimilação de nutrientes necessários para a manutenção do organismo, entre outros benefícios como a modificação da produção de amônia, benefícios na encefalopatia hepática, etc.